Recentemente, decidi fazer algo que há tempos não fazia: dar uma pausa no trabalho e aproveitar um evento que sempre admirei, mas que há anos não frequentava – a Bienal do Livro. Em um dia de sol agradável, peguei minha esposa e minha sobrinha para um passeio sem grandes expectativas, apenas como acompanhantes em busca de uma tarde tranquila e relaxante. Para ser honesto, nem sequer tinha um livro em mente para comprar. Estava ali apenas para me desconectar da rotina e, quem sabe, me surpreender.
Ao chegar na feira, algo curioso aconteceu: fui imediatamente atraído por uma série de livros que jamais esperava encontrar. Títulos que exploravam tecnologia, economia e design, temas que me fascinam, estavam por toda parte, aguçando meu desejo de mergulhar novamente em leituras que combinam com a minha vida profissional. É engraçado como, mesmo sem querer, acabamos voltando ao que amamos e nos interessa, não é?
Enquanto eu me via tentado a encher a sacola de livros técnicos, minha esposa, sempre focada em sua área como diretora de RH, se perdia em prateleiras recheadas de psicologia comportamental e gestão de pessoas. Ela estava em busca de algo que pudesse agregar mais ferramentas à sua prática de liderança – um interesse que sempre admirei nela. E, claro, havia minha sobrinha, cheia de energia e sonhos, em busca das aventuras épicas que só livros de fantasia com dragões conseguem proporcionar. Para ela, era o início de uma jornada emocionante: sua primeira Bienal do Livro, um marco que com certeza ficará guardado na memória.
Foi um dia especial para cada um de nós, cada qual em sua própria busca e ritmo. Fazia tempo que não vivíamos um momento assim – sem pressa, sem compromissos, apenas aproveitando o prazer da descoberta literária e das conversas descontraídas. Eu e minha esposa estávamos nos desligando dos nossos papéis profissionais e deixando nossas mentes descansarem, enquanto minha sobrinha vivia sua própria aventura em um mundo de magia e dragões.
Entre um estande e outro, me deparei com algo que me trouxe nostalgia: antigos quadrinhos que nunca tive a chance de ler. Aquele instante me transportou de volta a uma época mais simples, e a vontade de me perder nessas histórias voltou com força total. No entanto, o ponto alto do dia estava por vir – e nem poderia imaginar o que me aguardava.
Chegamos ao estande da Amazon, que estava dedicado ao Kindle, e para minha surpresa, quem estava lá apresentando o espaço era Mauro Ramos, uma lenda da dublagem brasileira. Para quem não conhece, ele é a icônica voz por trás de personagens memoráveis, como: Shrek, Pumba do Rei Leão, e para os fãs de Piratas do Caribe, o grande Capitão Barbossa e mais recentemente, deu vida ao Lord Shimura na versão brasileira de Ghost of Tsushima. Foi incrível vê-lo ali, ao vivo, compartilhando sua paixão pelo trabalho. Ele apresentou trechos do audiobook do Hobbit, e eu fiquei completamente encantado.
Sempre fui fã do Mauro Ramos, e vê-lo ali, tão acessível e simpático, foi uma oportunidade única. Claro, não podia deixar de tirar uma foto com ele, um registro de um momento que começou com a ideia de apenas relaxar e se transformou em algo realmente épico para mim.
A 27ª Bienal do Livro acabou sendo mais do que um simples passeio. Foi um dia de descobertas, reencontros com velhos gostos, e momentos memoráveis que ficarão comigo por muito tempo. Cada um de nós saiu de lá com algo especial – livros, lembranças, fotos, e principalmente, a sensação de que um dia fora da rotina pode nos surpreender de formas que nem imaginamos.
E quem diria que um dia de “descompressão” acabaria sendo uma das minhas melhores aventuras?